Diário do Alentejo

“Mesmo que eu não esteja no Alentejo, trago-o sempre comigo”

10 de fevereiro 2023 - 10:30
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Miguel Moura tem 22 anos e é natural de Moura. Deu-se mais a conhecer ao País, depois de, em 2021, ter participado no programa televisivo “All Together Now”, no qual cantou uma versão de “Quero voltar para os braços da minha mãe”, da autoria de Pedro Abrunhosa, tendo sido posteriormente convidado pelo músico portuense para com ele gravar um dueto.

 

No ano de 2022 atuou em 40 espetáculos, em Portugal, na Suíça, no Luxemburgo e no Canadá.

 

Diz ter o mundo à sua espreita, ao qual levará, aos seus quatro cantos, a sua música e o seu Alentejo.

 

Atualmente, encontra-se a preparar o seu primeiro álbum, um trabalho de fusão entre o fado e as raízes musicais alentejanas do artista, cujo lançamento está previsto para o próximo mês de março.

 

Texto José Serrano

 

Tem-se apresentado nos mais variados palcos nacionais e internacionais. Como tem vivido esta aventura de “sair” de Moura para os palcos do mundo?

É um mundo muito diferente! Ainda hoje, é tudo novo para mim. Já atuei, em Lisboa, no palco principal do maior festival de fado do mundo – o Santa Casa Alfama–, no Canadá, na Madeira, na Suíça, no Luxemburgo. Também fiz concertos muito especiais, na minha terra, Moura, onde gravei o meu primeiro videoclipe, do tema “Tenho de Abalar”.

 

De que forma a sua condição de alentejano o influencia como artista e na sua forma de cantar?

Eu sou, com muito orgulho, alentejano de raiz. O cante alentejano acompanha-me todos os dias, foi assim que aprendi a cantar e a gostar de música. Embora adore cantar outros estilos, ponho sempre um pouco do “meu” cante em tudo o que canto. Se calhar, é por isso que nunca me descolo do Alentejo. Tenho o mundo à espreita/O Alentejo vai-me acompanhar, dizem os versos do meu tema “Tenho de Abalar”. Mesmo que eu não esteja no Alentejo, e agora acontece muitas vezes, trago-o sempre comigo.

 

No Natal de 2022 fez questão de atuar para os utentes do Lar de São Francisco, em Moura, desejando-lhes boas festas. Qual a importância para si, enquanto artista, deste “doar” musical aos mais frágeis?

Foi um convite que aceitei de imediato. E adorei aquele momento. A vida no lar, para muitos dos que lá estão, não tem, no dia a dia, nada de novo, e acho que aquele foi um dia diferente, um dia que os senhores e as senhoras que lá estão gostaram. Todos cantaram comigo e eu fiquei muito emocionado.

 

Ainda não se apresentou, ao vivo, ao público de Beja. Quando poderá a capital do Baixo Alentejo vê-lo atuar?

Em Beja, depois de dois anos de existência enquanto artista, ainda não aconteceu. Mas é uma questão de o senhor presidente da Câmara de Beja ou um(a) senhor(a) vereador contactar-nos. Teria muito gosto. Quem sabe, se não será para breve?

 

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