Saber tudo, ter opinião sobre tudo e resolver tudo em meia dúzia de palavras, para além de ser uma fineza, deve ser um descanso para a cabeça. Muito invejo eu tais criaturas que em duas penadas encontram a solução para os mais variados problemas, só me resta curvar perante tais eminências que dominam os mais variados assuntos, sejam eles parafusos de rosca ou o genoma do novo coronavírus.
E o que está entre estes dois assuntos não é para brincadeiras, entre eles há um mundo de diversidade, mas ainda assim, há homens e mulheres que, fazendo uso dos seus profundos conhecimentos, aptidões, valores éticos e morais, poder de observação, discernimento e capacidade de julgamento, em duas ou três frases vibrantes conseguem arrumar qualquer questão que surja. O que estas criaturas não devem ter lido e estudado para conseguirem atingir tais desempenhos. Eu tiro o meu chapéu à firmeza com que rematam temas e à convicção com que indicam caminhos.
É uma vergonha não ser assim, é uma pequenez e uma pobreza de espírito não dominar o ângulo das roscas dos parafusos, a sequência do genoma de um qualquer vírus e tudo o que está entre estas duas matérias. Mesmo que na escola nunca tenham sido grandes artistas na argumentação, nem sequer na resposta curta, como deve ser bom e gratificante agora saber tudo, dizer como se deve fazer e ainda por cima ter quem os siga.