Diário do Alentejo

Covid-19: Portugueses “podem contar” com as Forças Armadas

18 de abril 2020 - 15:15

O secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, diz que os portugueses "podem contar" com o apoio e um "empenho muito grande" das Forças Armadas no combate à pandemia de covid-19. "Há um empenho muito grande do Ministério da Defesa Nacional e das Forças Armadas em dar apoio a esta situação de pandemia e os portugueses podem contar com o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas nesta situação tão relevante que temos pela frente", afirmou o governante, também responsável pela coordenação da execução do estado de emergência no Alentejo.

 

Jorge Seguro Sanches falava à agência Lusa depois de ter visitado o centro de acolhimento dedicado à covid-19 existente na Base Aérea (BA) n.º 11, em Beja e, a partir da unidade militar, ter participado, através de videoconferência, em duas reuniões, uma da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência e outra da Comissão Distrital de Proteção Civil de Beja.

 

Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Defesa, à semelhança do que "têm feito um pouco por todo o país", as Forças Armadas já distribuíram por várias entidades do Alentejo, "especialmente autarquias", 839 camas, 50 exemplares de outro tipo de camas chamadas burros do mato e seis tendas para resposta ao combate, ao controlo e à mitigação da pandemia.

 

Por outro lado, também no Alentejo, as Forças Armadas criaram dois centros de acolhimento de doentes com covid-19 que não necessitem de hospitalização e não tenham condições para estar isolados em casa ou em lares. Os centros estão instalados no Regimento de Artilharia (RA) 5 do Exército, em Vendas Novas, no distrito de Évora, e na BA11, em Beja, e ambos dispõem de camas, casas de banho com duche, roupa de cama, lavandaria e alimentação. O centro de acolhimento do RA5 dispõe de 78 camas em caserna e o da BA11 de 76 camas em quartos.

 

Em relação ao caso do bairro Espadanal, na periferia da cidade de Moura, no distrito de Beja, onde já foram confirmados 32 casos de covid-19 entre os 59 moradores, todos de etnia cigana, Jorge Seguro Sanches disse que "podemos estar mais tranquilos" por se tratar de uma situação que está "identificada" e, por isso, "está ao nosso alcance conseguir controlar a situação".

 

"Todas as situações são preocupantes", mas "podemos estar mais tranquilos" em relação à do bairro Espadanal, "pelo facto de estar identificada e de haver uma grande consciencialização da autarquia e dos próprios doentes", disse.

 

"As situações mais complicadas e mais preocupantes são aquelas que possam existir e não as conheçamos", frisou, referindo que o facto de a situação do bairro Espadanal "ser conhecida e de todos estarem alinhados na mesma solução, quer as pessoas doentes, quer as autoridades de saúde, quer o município, significa que podemos dizer que temos a solução na nossa mão".

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