Diário do Alentejo

Coronavirus: Avião da Hi Fly autorizado a regressar da China

01 de fevereiro 2020 - 14:10

O avião que vai retirar cidadãos europeus, incluindo 17 portugueses, de Wuhan, cidade chinesa colocada sob quarentena, tem autorização para partir hoje à noite (domingo na China). O avião, fretado pelo Governo francês, e que partiu na quinta-feira do aeroporto de Beja rumo a Paris, tendo chegado a Wuhan, no centro da China, após uma segunda paragem em Hanói, irá partir um dia depois do previsto inicialmente.

 

Os portugueses que vão ser retirados confirmaram à Lusa que já estão reunidos no consulado francês em Wuhan, a partir de onde serão transportados, junto com outros 350 cidadãos europeus, a maioria franceses, para o avião, um Airbus A-380. O Governo português já tinha revelado na sexta-feira que as autoridades chinesas deram luz verde à partida do avião. A Comissão Europeia ativou na terça-feira o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a pedido de França.

 

A China elevou hoje para 259 mortos e quase 12 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

 

Além do território continental da China e das regiões semiautónomas chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 20 outros países - Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China. Vários países já começaram o repatriamento dos seus cidadãos de Wuhan, uma cidade com onze milhões de habitantes, que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante período indefinido. A quarentena foi, entretanto, alargada a mais quinze cidades, próximas de Wuhan, afetando, no conjunto, mais de 50 milhões de pessoas.

 

Nos últimos dias, diversas companhias suspenderam as ligações aéreas com a China. Rússia, Coreia do Norte e Vietname encerraram as fronteiras com o país, enquanto alguns países pararam de emitir vistos para cidadãos chineses. O Ministério da Saúde vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan possam ficar em “isolamento profilático” voluntário. O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, serão as unidades a receber os portugueses que regressarem.

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