Diário do Alentejo

Lucélia Santos: atriz, fundadora do Coletivo Alvito

04 de dezembro 2019 - 16:05

Texto Nélia Pedrosa

 

O que é e como surgiu o Coletivo Alvito e qual a ligação de Lucélia a Alvito?Surgiu da imensa necessidade de agirmos aqui na Europa para pressionarmos o atual governo brasileiro (neofascista) a tomar medidas em defesa da Amazónia e dos seus povos originários, índios, extractivistas, etc.. Todos estão ameaçados, os povos e o bioma [áreas biogeográficas]. Ao conhecer Alvito, a oliveira que lá existe ao lado do castelo medieval, ao abraçá-la, senti que ela era o elo entre todas as árvores e nossa ideia gerada daqui, de Portugal, na direção do outro lado do Atlântico, Brasil. As oliveiras centenárias e os nomes de Alípio de Freitas (que conheci quando esteve preso no Brasil, nos anos 80) e Camilo Mortágua, grandes combatentes, foram a inspiração que nos levou a dar esse nome ao coletivo. A sede tem sido em Lisboa, no AJA – Associação José Afonso, e temo-nos reunido às segundas-feiras, às 19:30 horas. Quem quiser participar que nos escreva para coletivoalvito@ gmail.com/.

 

No início de novembro o Coletivo Alvito apresentou o “Manifesto pela Amazónia”, que é subscrito por personalidades como Boaventura de Sousa Santos, Sonia Guajajara, Mia Couto, Pilar del Rio, José Fanha, Maria Teresinha, Ondjaki, Sérgio Godinho e Lian Tai. Que manifesto é este?O manifesto será encaminhado ao parlamento português e pretende sugerir que o governo português não apoie a comercialização de produtos que chegam aqui, e a toda Europa, manchados de sangue indígena e da destruição das florestas, como a carne, por exemplo. A presença do boi na Amazónia tem sido uma das grandes causas da sua destruição.

 

Que outras iniciativas tem o Coletivo Alvito em agenda?Iremos gravar um vídeo com diversos atores portugueses e brasileiros, um mosaico com os textos que compõem o manifesto para intensificar a comunicação sobre essa ideia. A seguir vamos pensar nos próximos passos. Temos muito trabalho, mas somos poucos participantes no momento. Mas vamos crescer.

Comentários