Três Perguntas a Marcelo Guerreiro, presidente da Resialentejo - Tratamento e Valorização de Resíduos
Texto José Serrano
Foi recentemente inaugurada a nova unidade de triagem e processamento de resíduos da Resialentejo. Qual a importância da entrada em funcionamento deste novo equipamento?
Esta unidade vai permitir triar e valorizar cerca de 25 000 toneladas de biorresíduos e representa um investimento que ascende a 3,5 milhões de euros. Este investimento permitiu dotar a Resialentejo de capacidade de tratamento compatível com o cumprimento das exigentes metas nacionais e comunitárias em matéria de gestão de resíduos.
Que oportunidades, para o território, estão associadas a uma maior capacidade de tratamento de biorresíduos, função primordial desta nova unidade de tratamento?
Este projeto vem consolidar a região como uma referência em termos nacionais na gestão de resíduos, com um impacto relevante não só ao nível da proteção ambiental e do combate às alterações climáticas, mas também na criação de emprego. Esta unidade vai possibilitar ainda a produção de um corretivo orgânico de maior qualidade, que pode e deve ser utilizado na nossa região, com um preço bastante competitivo em relação aos corretivos orgânicos tradicionais, sendo, por isso, uma mais-valia para os nossos agricultores.
Significa este equipamento um reforço da preocupação dos municípios que integram a Resialentejo para com as questões ambientais?
Este equipamento é um reflexo da constante e permanente preocupação dos municípios na melhoria da performance ambiental da nossa região. Os próximos anos irão ser ainda marcados pela implementação de vários projetos relacionados com a recolha seletiva de biorresíduos e de novos fluxos de resíduos, como os têxteis. Continuar a crescer na recolha seletiva de embalagens é outro desafio que temos de assumir para os próximos anos, por isso, já estamos a trabalhar num projeto de uma nova linha automática da triagem de embalagens.