Diário do Alentejo

Águas Públicas do Alentejo investiu 160 milhões desde 2009

21 de abril 2022 - 15:40

A empresa Águas Públicas do Alentejo (AgdA) investiu mais de 160 milhões de euros, desde a data da sua fundação, em 2009, até final de 2021, e este ano prevê aplicar cerca de 16 milhões em infraestruturas de abastecimento público e saneamento.

 

Em comunicado a AgdA refere que a Assembleia-Geral de acionistas da empresa aprovou, “por unanimidade”, o relatório e contas relativo ao exercício económico-financeiro de 2021 e o plano de atividades e orçamento para 2022.

 

João Maurício, vogal executivo do conselho de administração, disse ao “Diário do Alentejo” que o exercício de 2021 ficou “marcado” pelo facto de a empresa ter atingido um investimento “acumulado superior a 160 milhões de euros” e pelo superavit atingido que deixa transparecer a “saúde financeira”, da instituição.

 

“Este tipo de empresa não é suposto dar lucro, mas também não é suposto dar prejuízo”, disse explicando que o resultado líquido de 622 700 euros permite à empresa encarar o futuro com otimismo.

 

O volume de negócios atingiu cerca de 18 milhões de euros e, para o ano, é de esperar que evolua para os 19 milhões. Os indicadores obtidos conferem “sustentabilidade para a captação do financiamento indispensável ao esforço de investimento em curso” nos atuais “tempos de incerteza”, frisa a empresa.

 

Para este ano o investimento da AgdA em infraestruturas “pode atingir um valor na ordem dos 16 milhões de euros”, nomeadamente na continuação da obra de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Enxoé - “destinada a concluir o sistema de abastecimento de água do Guadiana Sul” -, em Serpa; na construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Cuba; no início das obras de reabilitação da ETA de Alvito (Beja); da construção da nova ETAR de Ermidas-Sado, em Santiago do Cacém; e o início da execução do novo sistema de águas residuais do Rosário, em Almodôvar.

 

Também no distrito de Beja, a AgdA refere a ligação aos sistemas de abastecimento de Monte da Rocha e do Guadiana Sul de 29 aglomerados dos concelhos de Almodôvar, Castro Verde e Mértola, que, “historicamente, se têm confrontado com importantes constrangimentos em termos de quantidade e qualidade” de água.

 

O início do estudo do abastecimento de água à zona costeira dos concelhos de Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Alcácer do Sal e parte de Odemira também foi “um importante marco” na atividade de 2021, por assinalar “a evolução da concentração de esforços” da AgdA em “novas partes” do Alentejo no que respeita a sistemas de abastecimento de água.

 

A AgdA foi criada em 2009 e tem como acionistas o grupo Águas de Portugal e a Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo, constituída por 20 câmaras municipais dos distritos de Beja, Évora e Setúbal.

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