Diário do Alentejo

Évora: Bloco quer "plano de emergência" para comerciantes

15 de setembro 2021 - 13:00

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Évora nestas autárquicas, Raul Rasga, defendeu hoje a necessidade de um “plano de emergência” para apoiar o comércio no centro histórico, porque sem ele a cidade “morre”. “É de facto necessário um plano de emergência para apoiar o comércio no centro histórico, porque senão o centro histórico morre e, se morrer o centro histórico, morre a cidade”.

 

O cabeça de lista bloquista alertou que a pandemia de covid-19 “ainda não terminou” e os seus “efeitos vão sentir-se em breve”, pelo que é preciso “um plano de apoio económico” para aqueles “mais afetados”, como os comerciantes locais.

 

Acompanhado pelo cabeça de lista à Assembleia Municipal de Évora, Bruno Martins, e por outros militantes do BE, Raul Rasga falava aos jornalistas durante uma visita ao mercado mensal do Rossio de S. Brás, no arranque da campanha eleitoral para as autárquicas do próximo dia 26. A visita, em que falou com feirantes e populares e distribuiu panfletos, foi realizada após a chuva intensa que marcou a manhã em Évora, pelo que, neste local em terra batida, ouviu queixas acerca da lama e da falta de condições para o mercado.

 

“É uma miséria, já tive de mudar de sapatos. A maioria dos nossos colegas teve de abalar por não ter condições para ficar”, disse uma feirante ao candidato, prometendo-lhe votos, mas com um aviso: “Veja lá o que faz aqui”, sobre o local do mercado, onde, anualmente, decorre a Feira de São João.

 

Aos jornalistas, Raul Rasga deu a resposta, salientando a “necessidade de requalificar" o Rossio. “Hoje é um dia de chuva e vê-se o estado em que ficou. O Rossio não precisa de obras megalómanas, [mas] de uma intervenção que lhe permita continuar a ter a sua função de espaço onde acontece o mercado de levante [e] onde a Feira de São João deve permanecer”.

 

Afiançando ter uma candidatura cujo “cluster são as pessoas”, direcionada para “resolver problemas concretos de pessoas concretas”, o candidato defendeu que deve ser concluído o Plano de Salvaguarda do Centro Histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. “Há décadas que esperamos por esse plano”, criticou, referindo que esta ausência “tem permitido decisões pouco transparentes, pouco claras” e “uma opacidade que prejudicam a cidade em vários campos”. Um deles é o da habitação, assinalou o candidato do BE, considerando “absolutamente extraordinário o preço a que as casas chegaram em Évora”, o que “é impeditivo do desenvolvimento”.

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