Diário do Alentejo

PCP: Atraso do novo Hospital Central faz “temer o pior”

03 de julho 2020 - 14:00

O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, afirmou hoje "temer o pior" em relação ao projeto do novo Hospital Central do Alentejo, a construir em Évora, devido aos atrasos do Governo na adjudicação da obra.Segundo o deputado, os compromissos mais recentes da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo apontavam para que "a adjudicação da obra seria feita ainda no primeiro semestre de 2020".

 

"Sabemos que a ARS tem todo o processo pronto desde o dia 03 de março e continua sem fazer a adjudicação e o Governo nem sequer aponta uma data definitiva para a concretização dessa adjudicação. Isto faz-nos temer o pior", salientou.

 

Sublinhando que "a obra do novo hospital tem sofrido variadíssimos atrasos", João Oliveira notou que "o primeiro semestre 2020 já acabou" e as obras da nova unidade hospitalar ainda não foram adjudicadas.

 

Em abril deste ano, o presidente da ARS do Alentejo, José Robalo, revelou que o concurso público da empreitada do novo hospital foi vencido pelo grupo espanhol Aciona. A construção do novo hospital envolve um montante total superior a 180 milhões de euros, uma vez que, aos 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

 

O deputado lembrou que o PCP apresentou "propostas para que a adjudicação da obra fosse feita até ao final do primeiro semestre de 2019", indicando que o objetivo era "garantir que a obra avançava mesmo e que hospital era feito”. Já nessa altura, sublinhou João Oliveira, o PCP tinha "receios", os quais "agora se confirmam como justos".

 

O líder parlamentar comunista acusou também de "inércia" o Governo e a ARS do Alentejo "não só na adjudicação da obra", mas também em relação aos "contactos e articulação que tem que ser feita com outras entidades”. Segundo João Oliveira, a Câmara de Évora, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e a Universidade de Évora têm "em diferentes planos uma palavra a dizer sobre alguns aspetos da obra".

 

"Vamos ver que iniciativas podemos desenvolver na Assembleia da República para que a questão seja definitivamente resolvida com a adjudicação da obra e o início da construção do hospital para que ele possa entrar em funcionamento em 2023", concluiu.

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