Diário do Alentejo

Festival Musibéria neste fim de semana: 3 perguntas a Tomé Pires

05 de junho 2020 - 11:05

Iniciativa "promove a cultura como fator de desenvolvimento e de proximidade", diz o presidente da Câmara de Serpa. O Festival Musibéria está de regresso este fim de semana.

 

Texto José Serrano

 

Realiza-se no concelho de Serpa, amanhã e domingo, dias 6 e 7, mais uma edição do Festival Musibéria – Encontro de Culturas. De que forma esta edição de 2020 se readaptou aos tempos de pandemia que vivemos?

Decidimos manter a realização do festival com o objetivo de, sobretudo, assegurar que o evento mantivesse a sua principal característica de promover a cultura como um fator de desenvolvimento e de proximidade. Por isso, tal como para muitas das iniciativas que continuaram a ser realizadas, adaptámo-nos e, neste caso, optámos por um palco móvel que pudesse circular pelo concelho, transmitindo o próprio dinamismo da cultura e levando os espetáculos, este ano com a presença de Cuca Roseta e do grupo Monda, a toda a gente. 

 

Para além dos espetáculos ao vivo que referiu, o festival também poderá ser visto online. Esta é mais uma adaptação aos tempos insólitos que estamos a passar?

Durante este período, as ferramentas digitais têm sido fundamentais para comunicar e chegar a muitos munícipes. Apesar de sabermos que não estão acessíveis a todos, os eventos que temos realizado online têm tido uma excelente resposta por parte do público, não só da população do concelho mas igualmente de pessoas que estão longe e que desta forma conseguem assistir e participar. Este é um aspeto novo e muito interessante.

Já tivemos esta experiência nas Festas da Páscoa, nas comemorações do 25 de Abril, na Festa do Livro de Serpa e nas Jornadas Sénior, que tiveram edições exclusivas online e que correram muito bem. Agora será a vez do Musibéria – Encontro de Culturas que, além dos espetáculos ao vivo, terá também a sua versão online, com partilha de momentos emblemáticos que aconteceram em anteriores edições e com a publicação das iniciativas deste ano, sobretudo em vídeo e em áudio (podcast).

 

O festival apresenta este ano uma nova iniciativa intitulada “Ecos poéticos de uma Península”. De que forma se vai desenrolar este encontro poético?

Esta iniciativa resulta da vontade da autarquia em alargar o Encontro de Culturas a outras expressões artísticas. A Associação TragoFogo desafiou-nos para uma residência de poetas portugueses e espanhóis, ainda antes do aparecimento da pandemia. Esta é uma iniciativa que celebra a poesia ibérica e que teve a sua primeira apresentação, em 2018, na Fundação José Saramago.

Não quisemos deixar cair a iniciativa, que terá este ano um formato digital, contando com a participação de nove poetas, portugueses e espanhóis, bem como a participação especial do escritor Pedro Paixão. O objetivo é dar a conhecer as diferentes propostas poéticas dos dois países, criando um ambiente de colaboração e difusão da cultura ibérica, em Serpa.

o programa completo pode ser consultado nesta página

 

Comentários