Trabalho, crescimento, promoção e conquista de títulos, orientações que estão na matriz de valorização do Beja Padel, clube que nasceu, em Beja, há cerca de seis anos e já conquista títulos nacionais nesta modalidade.
Texto | Firmino Paixão
A organização de torneios mensais, quer de índole oficial ou social, é uma das prioridades dos responsáveis do clube, aqui revelada por Francisco Bernardo, dirigente e treinador do Beja Padel, que já conta com mais de uma centena e meia de praticantes de diferentes níveis etários.
No fim de semana o complexo desportivo do clube acolheu o Torneio Social True Born (ganho pela dupla bejense Nélson e Fátima Cano). “Um torneio mais informal e dirigido à prata da casa, embora tivéssemos também 12 jogadores que vieram de fora, o que nos deixou bastante agradados”, revelou Francisco Bernardo, acrescentando: “Este torneio teve um conceito um bocadinho diferente, criámos aqui uma dinâmica de muito padel, juntámo-nos a um parceiro que está connosco há dois anos, que é a empresa True Born, que comercializa carne de vaca, e proporcionámos aos concorrentes a possibilidade de comerem gratuitamente o que quiserem, durante o dia todo, pagando apenas o valor inicial de inscrição. Foi um formato diferente, de modo a termos muita animação, muito padel e uma boa envolvência”.
A prova contou com 70 participantes, tendo a organização de rejeitar mesmo algumas inscrições porque, justificou o responsável: “Queríamos iniciar e terminar o torneio no mesmo dia”.
Nos dias 10 e 11 deste mês o clube tinha recebido o Open Jovem Classe 5000, competição que, devido à adversidade das condições climatéricas, teve que ser concluído na cidade de Évora, algo que deixa em aberto a necessidade de o clube possuir campos cobertos. Francisco Bernardo admitiu esse infortúnio provocado pela chuva e fez notar que a cobertura dos campos “é um assunto que está sempre em cima da mesa”. “O próximo investimento que está projetado será numa cobertura, algo que conseguiremos num curto prazo, precisaremos apenas de mais um tempinho, mas, sim, o objetivo seria cobrir dois campos, para estarmos salvaguardados com alguma chuva que possa vir”, disse.
No final da última época, em Oeiras, o clube sagrou-se campeão nacional no escalão de sub/14, um feito que acrescentou natural notoriedade ao clube bejense, admitiu o treinador, prometendo: “Vamos continuar com esse trabalho. Nesta época estamos com elevadas expectativas nos miúdos, estamos a fazer um trabalho muito duro e rigoroso com eles e tenho, de facto, grande expectativa. Se tudo correr bem, como pensamos, teremos miúdos na seleção nacional, algo que reflete um bocadinho o que tem sido o nosso trabalho de há dois anos para cá e, neste ano, pode ficar certo, dou a minha palavra, em nome do Beja Padel, vamos conquistar mais títulos do que na época passada, porque queremos continuar o nosso crescimento”.
Ora, o crescimento, a valorização, o reforço de uma forte identidade que Francisco Bernardo já identifica no Beja Padel faz-se com mais e melhores competições e, nessa medida, o técnico deixou a nota: “No final do mês de março teremos mais um torneio, aliás, neste ano organizaremos mais um torneio de jovens, em abril teremos outro torneio de seniores absolutos, e teremos ainda mais cinco torneios oficiais e cinco torneios sociais. Vamos organizar torneios todos os meses”. E adiantou: “Será um contributo excelente na promoção da modalidade, mas não só do padel, também da cidade de Beja, porque achamos que isto também é bom para a cidade. Será importante envolvê-la na nossa ação, fazendo com que as pessoas fiquem aqui alojadas, que passem aqui o fim de semana e que dinamizem a economia local. Enfim, será bom para todos”.
A promoção e o desenvolvimento do padel na região devem-se, efetivamente, ao Beja Padel, clube fundado por Guilherme Gaivão, a cujo pioneirismo Francisco Bernardo tem dado meritória continuidade. Porém, noutros pontos do distrito já se vai falando e praticando esta modalidade. Bernardo garantiu: “O padel está a crescer e veem-se cada vez mais pessoas a aderir, cada vez mais clubes a acolher a modalidade, gente de todas as idades, mais novos, mais velhos, e a tendência é efetivamente de um maior crescimento. Conseguimos ser pioneiros a nível regional, também ao nível de formação de jovens, antigamente ninguém queria trabalhar com os jovens e hoje já não é bem assim, existe outra mentalidade e nós estamos no caminho certo. Temos 60 miúdos a treinar e, desses, cerca de duas dezenas já estão a competir. Temos 100 adultos a treinar, entre eles, mais de metade já faz torneios oficiais”.
E o próximo passo? Algum sonho? “Tenho muitos sonhos para os miúdos concretizarem, mas vou guardá-los para mim. Sou muito apologista de viver um dia de cada vez, trabalhando muito e, se o fizermos, os resultados falarão por si. Vamos continuar a crescer, ficando cada vez mais conhecidos e a ganhar títulos, porque nós, treinadores, gostamos de ver reconhecido o nosso trabalho e a nossa dedicação”, assumiu.