Diário do Alentejo

"Calú" focado no Campeonato e na Taça para o Castrense

21 de janeiro 2022 - 11:40
Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

No fecho da primeira volta do Campeonato Distrital da I Divisão da Associação de Futebol de Beja, o Futebol Clube Castrense consentiu um empate em casa, sem golos, ante o Penedo Gordo, naquele que foi, também, o último jogo do ano de 2021. Com este resultado perdeu o estatuto de líder.

 

Texto Firmino Paixão

 

Mas perdeu também a vantagem de dois pontos que tinha sobre o seu mais direto perseguidor, o Vasco da Gama, e perdeu o título de “campeão de inverno”, se é que isso tem alguma relevância. No entanto, o treinador Carlos Machado (“Calú”), não ficou satisfeito com o resultado, mas garante que o foco do coletivo de Castro Verde está na conquista do campeonato: “Sem dúvida, não estamos satisfeitos com este resultado porque, claramente, tínhamos o objetivo de fechar o ano a ganhar. Sabíamos as dificuldades que iríamos encontrar neste jogo, mas durante os noventa minutos fomos a melhor equipas, tivemos 60 ou 70 por cento de posse de bola, sendo um facto que não conseguimos criar muitas situações de finalização, criámos as necessárias para podermos ter ganho o jogo”.

 

O percurso durante a primeira volta do campeonato foi quase irrepreensível…

Sim, foi quase irrepreensível, ainda não perdemos nenhum jogo, somos uma equipa que ao contrário, se calhar, de maioria das restantes, constrói o plantel no início desta época. Chegou um treinador novo, há uma equipa nova, com jogadores novos, tivemos que construir um grupo, contrariamente a outras equipas que já possuem um trabalho vindo de trás. Mas o que posso dizer é que estou bastante satisfeito com o trabalho desenvolvido por todos, quer pela estrutura do clube, quer, sobretudo, pelos jogadores, que têm sido fantásticos na forma como têm interpretado as nossas ideias. E o resultado está aí… mas, obviamente que ainda temos um longo caminho a percorrer, ainda temos muita coisa para melhorar e queremos continuar a dar passos em frente, porque aquilo que pretendemos - é a nível do processo – que a nossa forma de jogar seja cada vez melhor e é isso que vamos fazer, procurar jogar melhor, porque acreditamos que, jogando melhor, os resultados serão consentâneos com o valor das nossas exibições.

 

Terminou a primeira volta em segundo lugar, em igualdade de pontos com o Vasco da Gama, mas eventualmente o título de “campeão de inverno” também não assentaria mal à sua equipa?

Sim embora nos quiséssemos efetivamente vencer este último jogo para fecharmos a primeira volta com uma vitória que nos permitiria manter a vantagem de dois pontos com que aqui chegámos… tínhamos a ambição de o conseguir. Creio que, do ponto de vista daquilo que fizemos durante a primeira volta, acabaria por assentar bem, ainda que o significado seja relativo. Tendo em conta este percurso de regularidade exibicional e de regularidade competitiva, estamos satisfeitos mas, obviamente queremos mais.

 

Quais as metas que lhe foram propostas neste seu regresso a Castro Verde?

O objetivo é mesmo a conquista do título distrital. Se não fosse com essa meta eu não teria vindo. É esse o objetivo, é essa também a nossa motivação, é esse o entusiasmo que nos move para virmos treinar todos os dias, como os olhos postos nesse objetivo. A equipa técnica, jogadores a estrutura, estamos todos focados e imbuídos no mesmo espírito de conquistarmos esse título.

 

O plantel que reuniu tem qualidade e dá-lhe garantias de que a conquista do título seja exequível?

Sim! Tenho que dizer que sim, embora, como qualquer treinador, gostasse de ter mais um ou dois jogadores. De qualquer forma, não é possível que isso aconteça, e eu confesso que estou satisfeitíssimo com o plantel que temos, satisfeitíssimo com o rendimento que os jogadores têm tido, bastante feliz pelo ambiente que rodeia a nossa equipa e todo o nosso grupo de trabalho. Sou um treinador feliz e quero continuar a sê-lo com estes jogadores.

 

Trouxe alguns jogadores consigo, como era hábito acontecer nas outras épocas em que esteve no Castrense?

Este ano as coisas foram diferentes. Tivemos que fazer uma prospeção de mercado, sobretudo no Algarve, para trazermos alguns jogadores. Não foi possível trazer alguns, vieram outros, mas o mais importante é que os que cá estão é que contam… são os que nos interessam e têm dado uma resposta excelente a todos os níveis e, claro, estou muito satisfeito com o rendimento que têm tido.

 

Já viu sair o Diogo Melo, um atleta que provavelmente seria fundamental neste plantel…

O Diogo tomou a decisão de sair e nós só temos que respeitar essa decisão que ele tomou. Desejamos-lhe as maiores felicidades, a todos nos níveis, e agora teremos que olhar em frente e pensar, eventualmente, noutro jogador que possa suprir a ausência do Diogo Melo. Ele vai fazer o seu caminho, nós iremos fazer o nosso.

 

Nada está ganho, nada está perdido, estamos apenas a meio da primeira fase da prova, a segunda fase é que será determinante, mas quantos mais pontos amealhar, melhor será?

Sim, este campeonato é uma maratona de regularidade. O nosso percurso, até à data, direi, tem sido quase irrepreensível. Sabemos que ainda nos esperam momentos mais delicados, mais difíceis, mas eu confio a 200 por cento neste grupo de trabalho. Tenho plena confiança que, com estes jogadores, com o comportamento que têm tido dentro do campo, nós iremos concretizar o nosso objetivo que é claramente sermos campeões.

 

Além do campeonato o Castrense também está focado em vencer a Taça Distrito de Beja?

Quando entramos em qualquer competição o objetivo é sempre vencer, é essa a mentalidade que reina dentro do grupo de trabalho. É com esse objetivo que trabalhamos, é essa a mensagem que passamos aos nossos atletas, de que todos os jogos, independentemente da competição, são para encarar com o objetivo de vencer e, naturalmente, que temos no nosso horizonte voltar a vencer a Taça Distrito de Beja. Sabemos que, à semelhança do campeonato, será complicado, mas nós estamos preparados para as dificuldades e para as complicações que possam acontecer.

 

Surpreendeu-o o convite da direção do Castrense para voltar a Castro Verde?

Diria que sim e que não. Surpresa, sim, porque as pessoas que me convidaram são as pessoas que cá estavam aquando das outras duas passagens por este clube, e não, porque acho que o currículo fala por si… deixei aqui grandes amigos e não me surpreendeu o convite, até fiquei logo entusiasmado, porque é um clube que me diz muito, gosto muito de estar aqui, gosto muito das pessoas, sinto-me muito bem e quero retribuir com trabalho, com dedicação, para que to- dos consigamos alcançar o objetivo a que nos propusemos.

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